05 opções de Head Coach para os Texans

No começo da semana, o Houston Texans finalmente decidiu demitir o até então Head Coach e General Manager, Bill O’Brien. Não dá para dizer que isso foi uma surpresa no mundo da NFL. Na realidade, a única surpresa nisso é a demora para despedir BoB.

O’Brien acumulava resultados não tão satisfatórios no comando do Texans e tomou decisões muito questionáveis. A mais famosa delas, trocar DeAndre Hopkins, um dos melhores recebedores da liga, para o Arizona Cardinals. Como resultado das suas péssimas decisões de trocas e de contratações, os Texans começaram a temporada 0-4. Esse é um luxo que uma equipe que tem Deshaun Watson e JJ Watt não pode se dar.

Watson, aliás, vem tendo seu pior ano desde que foi draftado. E o principal culpado disso é Bill O’Brien. Agora, os Texans precisam ir atrás de um novo Head Coach para comandar a equipe dentro das quatro linhas. Quais seriam as opções? Vamos analisar 5 delas aqui.

Josh McDaniels, coordenador ofensivo dos Patriots

Josh McDaniels changed his mind when Kraft, Belichick clarified his role -  The Boston Globe
Josh McDaniels é um possível nome para os Texans (Jim Davis/Global Staff/File 2018)

McDaniels esteve presente nas seis vezes em que os Patriots ganharam o Super Bowl, além de ser o coordenador ofensivo do time há 13 temporadas. Alguns podem argumentar que ter sucesso em um ataque que tem Tom Brady como Qb é fácil. Mas, McDaniels está sendo bastante eficiente nesta temporada com Cam Newton como Qb. Vale lembrar que Cam tem um estilo de jogo bem diferente de Brady, mas bem similar ao de Deshaun Watson.

Considerando que Jack Easterby é um dos comandantes das operações de futebol americano dos Texans, não seria nenhuma surpresa se a franquia tentasse a contratação do OC dos Pats. Em 2009, McDaniels chegou a ser Head Coach dos Broncos, onde teve uma temporada 8-8. Foi demitido em 2010, depois de doze jogos e apenas três vitórias. Já em 2018, ele foi protagonista de um dos maiores papelões da história recente da NFL. Neste ano, ele estava acertado para ser o HC dos Colts, mas antes de assinar o contrato resolveu voltar para New England.

Eric Bieniemy, coordenador ofensivo dos Chiefs

Essa talvez seja a escolha mais desejada pelos torcedores dos Texans. De fato, Bieniemy é um dos grandes responsáveis pela evolução de Patrick Mahomes e do ataque dos Chiefs. É só assistir qualquer jogo dos Chiefs que vamos ver uma aula de como se ataca.

Kansas City Chiefs offensive coordinator Eric Bieniemy walks on the sideline during an NFL football against the Cleveland Browns, Sunday, Nov. 4, 2018, in Cleveland. The Chiefs won 37-21. (AP Photo/David Richard)
Uma das grandes mentes ofensivas da liga, Bieniemy também é opção (David Richard/Associated Press)

Houston tem armas ofensivas similares as dos Chiefs. Will Fuller, Randall Cobb e Brandin Cooks formam um corpo de recebedores que, se bem treinados, podem ser um dos melhores da liga. A experiência de Bieniemy também seria útil para equilibrar o ataque terrestre dos Texans, que hoje é o do pior da liga. Ele pode ser o responsável por transformar o ataque de Houston em um dos melhores da liga.

Robert Saleh, coordenador defensivo dos 49ers

Saleh faz um ótimo trabalho em San Francisco (Nhat V. Meyer/Bay Area News Group)

Saindo dos coordenadores de ataque, Saleh é responsável pela defesa dos 49ers, que é uma das melhores da liga. Na temporada passada, a unidade cedeu cerca de 281 jardas por jogo, a segunda melhor marca da liga. É verdade que os Texans não têm um elenco defensivo com tantos bons nomes como San Francisco. Mas, Saleh tem a capacidade de organizar essa defesa, principalmente quando pensamos no desempenho pífio que ela tem contra o jogo terrestre.

Na bagagem, Saleh tem um Super Bowl como assistente defensivo dos Seahawks. Desde que Kyle Shanahan assumiu o cargo de Head Coach dos Niners em 2017, Saleh é o coordenador defensivo da equipe.

Greg Roman, coordenador ofensivo dos Ravens

Falar sobre Roman sair dos Ravens me parte o coração, afinal sou torcedor de Baltimore. Mas, é evidente que, mais cedo ou mais tarde, isso vai acontecer. Roman está na sua quarta temporada com os corvos – a segunda como coordenador de ataque. Ele tem muita responsabilidade pela transformação que o ataque dos Ravens tiveram que fazer para se adaptar as características de Lamar Jackson. No ano passado, o time liderou a NFL em pontos marcados e foi o segundo com mais jardas conquistadas. Além, é claro, do MVP que Lamar ganhou merecidamente.

FILE - In this Jan. 11, 2020, file photo, Baltimore Ravens offensive coordinator Greg Roman looks on prior to an NFL divisional playoff football game against the Tennessee Titans, in Baltimore. Roman is tweaking and refining a record-setting unit led
Greg Roman é cotado para se tornar Head Coach de alguma franquia em breve (The Associated Press)

Roman também estava a frente do ataque dos 49ers em 2012, quando Colin Kaepernick levou o time até a disputa do Super Bowl. Sua experiência com Quarterbacks móveis pode ser fundamental para potencializar Deshaun Watson. Além disso, ele trabalhou nos Texans entre 2002 e 2005, quando foi treinador de Tight End’s e Quarterback’s.

Dabo Swinney, Head Coach de Clemson

Para finalizar, o único candidato desta lista que trabalha no College. Swinney já conhece Watson desde os tempos em que o Qb jogava na universidade de Clemsom. Nessa época, Watson foi muito bem, fato que o levou a ser escolhido na primeira rodada do Draft pelos Texans. Seria muito interessante observar a química entre os dois na NFL, onde as coisas são mais difíceis.

How Clemson's Dabo, football coaches should fight racism | The State
Swinney é um dos grandes nomes do College Football (AP Photo/Ross D. Franklin)

Talvez seja difícil imaginar Swinney largando tudo que construiu em Clemsom, que é uma potência do College Football hoje. Mas, se ele quer uma chance para provar que merece trabalhar na NFL, talvez essa seja a hora. Além disso, ele tem uma boa relação com Jack Easterby. Na terça, quando perguntado sobre a demissão de O’Brien e a nova vaga de emprego em Houston, Swinney respondeu com um “próxima pergunta“.

Como fica a situação até então?

Esses são alguns dos nomes ventilados pela imprensa, mas ainda há vários outros que podem surgir: Matt Eberflus, Lincoln Riley Kellen Moore… Fato é que o novo Head Coach vai precisar da paciência da torcida. O time está numa situação muito delicada. Sem escolhas de primeira rodada no ano que vem e com US$ 15 milhões acima do teto esperado, as coisas não estão boas. São tempos difíceis, mas que podem estar começando a melhorar.

Caio Schlosser

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